sábado, 31 de janeiro de 2015

SABER CONTROLAR O ÁLCOOL E CUIDAR DA SAÚDE TER UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL

Doenças cardiovasculares

Excesso de álcool na meia-idade aumenta risco de derrame /De acordo com estudo, consumo da bebida entre os 40 e os 60 anos oferece mais risco de AVC do que fatores como hipertensão e diabetes

Vodca
Bebida: risco de derrame foi maior entre homens que bebiam mais de duas doses por dia (Thinkstock/VEJA)
Beber mais de duas doses de álcool por dia na meia-idade, entre os 40 e os 60 anos, aumenta a probabilidade de sofrer um derrame mais do que fatores de risco tradicionais, como hipertensão e diabetes. A conclusão é de um estudo publicado na quinta-feira no periódicoStroke, da Associação Americana do Coração.

Pesquisadores analisaram dados de 11.644 gêmeos suecos, acompanhados por 43 anos. Eles compararam o impacto do álcool entre pessoas que bebiam pouco (menos de metade de uma dose por dia) a muito (mais de duas doses diárias).
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Quase 30% dos participantes tiveram derrame. Entre gêmeos idênticos, aqueles que sofreram um AVC bebiam mais do que seus irmãos que não sofreram, sugerindo que o derrame não estava condicionado à genética e ao estilo de vida na infância e adolescência.

Os autores descobriram que os indivíduos que bebiam muito tinham 34% mais risco de sofrer um derrame do que aqueles que bebiam pouco. Para homens na meia-idade, o alto consumo de álcool também se mostrou um maior fator de risco para AVC do que hipertensão e diabetes. Por volta dos 75 anos, porém, a tendência se inverteu: o diabetes e a pressão alta passaram a ser os maiores vilões do derrame.
fonte veja 

SERA QUE ESTA CHEGANDO O FIM DA NOVELA QUANDO OS VILÕES APARECE ,SERA ?

Empreiteiras querem levar Lula e Dilma à roda da Justiça/Com os processos da Operação Lava-Jato a caminho das sentenças, as empreiteiras querem Lula e Dilma junto com elas na roda da Justiça

Rodrigo Rangel, Robson Bonin e Bela Megaele
SEM SAÍDA – Presos desde novembro do ano passado, os empreiteiros envolvidos no escândalo da Petrobras negociam acordos de delação premiada com a justiça
SEM SAÍDA – Presos desde novembro do ano passado, os empreiteiros envolvidos no escândalo da Petrobras negociam acordos de delação premiada com a justiça (Michel Filho/AG. O GLOBO/VEJA)
Há quinze dias, os quatro executivos da construtora OAS, presos durante a Operação Lava-Jato, tiveram uma conversa capital na carceragem da polícia em Curitiba. Sentados frente a frente, numa sala destinada a reuniões reservadas com advogados, o presidente da OAS, Léo Pinheiro, e os executivos Mateus Coutinho, Agenor Medeiros e José Ricardo Breghirolli discutiam o futuro com raro desapego. Os pedidos de liberdade rejeitados pela Justiça, as fracassadas tentativas de desqualificar as investigações, o Natal, o réveillon e a perspectiva real de passar o resto da vida no cárcere levaram-nos a um diagnóstico fatalista. Réus por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, era chegada a hora de jogar a última cartada, e, segundo eles, isso significa trazer para a cena do crime, com nomes e sobrenomes, o topo da cadeia de comando do petrolão. Com 66 anos de idade, Agenor Medeiros, diretor internacional da empresa, era o mais exaltado: “Se tiver de morrer aqui dentro, não morro sozinho”.
A estratégia dos executivos da OAS, discutida também pelas demais empresas envolvidas no escândalo da Petrobras, é considerada a última tentativa de salvação. E por uma razão elementar: as empreiteiras podem identificar e apresentar provas contra os verdadeiros comandantes do esquema, os grandes beneficiados, os mentores da engrenagem que funcionava com o objetivo de desviar dinheiro da Petrobras para os bolsos de políticos aliados do governo e campanhas eleitorais dos candidatos ligados ao governo. É um poderoso trunfo que, em um eventual acordo de delação com a Justiça, pode poupar muitos anos de cadeia aos envolvidos. “Vocês acham que eu ia atrás desses caras (os políticos) para oferecer grana a eles?”, disparou, ressentido, o presidente da OAS, Léo Pinheiro. Amigo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos tempos de bonança, ele descobriu na cadeia que as amizades nascidas do poder valem pouco atrás das grades.
Na conversa com os colegas presos e os advogados da empreiteira, ele reclamou, em particular, da indiferença de Lula, de quem esperava um esforço maior para neutralizar os riscos da condenação e salvar os contratos de sua empresa. Léo Pinheiro reclama que Lula lhe virou as costas. E foi dessa mágoa que surgiu a primeira decisão concreta do grupo: se houver acordo com a Justiça, o delator será Ricardo Breghirolli, encarregado de fazer os pagamentos de propina a partidos e políticos corruptos. As empreiteiras sabem que novas delações só serão admitidas se revelarem fatos novos ou o envolvimento de personagens importantes que ainda se mantêm longe das investigações. Por isso, o alvo é o topo da cadeia de comando, em que, segundo afirmam reservadamente e insinuam abertamente, se encontram o ex-presidente Lula e Dilma Rousseff.
(Com reportagem de Daniel Pereira e Hugo Marques)
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O QUE IRA ACONTECER SÓ O TEMPO DIRÁ

Eleição na Câmara

Cunha e Chinaglia falam em vitória. Mas Dilma já perdeu/Depois de cortejar os novatos na Câmara, candidatos mais cotados apostam nos deputados que vão trair a orientação de seus partidos no voto secreto

Silvio Navarro e Marcela Mattos, de Brasília
Os deputados Eduardo Cunha, Arlindo Chinaglia e Julio Delgado
Os deputados Eduardo Cunha, Arlindo Chinaglia e Julio Delgado (VEJA)
A briga foi grande, vai se arrastar pela madrugada e por todo o domingo e não há ainda indícios de que acabará bem para o Palácio do Planalto. Neste sábado, os dois principais candidatos à presidência da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT) e Eduardo Cunha (PMDB), ambos governistas por filiação partidária, mas antagônicos na cena política, usaram seus trunfos em busca de votos. Foram dezenas de reuniões, cafés, eventos para recepcionar os 198 deputados novatos em Brasília – e até um chá da tarde para as esposas na capital federal. Deputados ouviram ofertas de cargos na máquina pública, no caso do petista, ou o comando de comissões, no caso do rival, e coincidentemente as mesmas promessas corporativistas de aumento de salário e das verbas de gabinete – ou pelo menos de um gabinete mais espaçoso no ano que vem. 
Na tarde de sábado, circularam versões similares sobre um acordo em gestação na sala do ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais), o articulador político de Dilma Rousseff, segundo o qual Cunha presidiria a Casa agora, em função da quilometragem da campanha, e Chinaglia o sucederia em 2017. Aliados de ambos espalharam a notícia sempre atribuindo a autoria do acordo de rodízio à candidatura adversária. Oficialmente, ninguém topou. 
As bancadas mais cortejadas na última hora foram as do PR e do PP. Ambas comandam ministérios importantes e de cofres cheios, conforme a previsão do Orçamento da União: o PR pilota a pasta dos Transportes, e o PP, a de Integração Nacional. Porém, as siglas formalizaram que seguirão caminhos opostos: o PR apoia Chinaglia, e o PP, vai de Eduardo Cunha.
Os dois veteranos de Congresso colocaram em curso uma articulação para tentar captar votos no “varejo” – leia-se: de deputados que vão contrariar a orientação dos seus partidos no voto secreto. É nisso que ambos apostam na reta final. E são esses votos que vão decidir a eleição. Numa disputa imprevisível, a única constatação uniforme é que, seja qual for o resultado, o governo Dilma Rousseff terá sérias dificuldades para domar sua base em 2015.​
Eleição Câmara dos Deputados 2015

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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

PARABÉNS BILL GATES O MUNDO TE AGRADECE E TE ADMIRA

Doenças

Bill Gates: mundo deve se preparar para pandemia/Segundo ele, o mundo deve aprender com a batalha contra o vírus ebola para se preparar para uma guerra contra uma possível doença fatal e global, utilizando, para isso, a ajuda das novas tecnologias

Bill Gates, fundador da Microsoft
Bill Gates, fundador da Microsoft (Chip Somodevilla/Getty Images/VEJA)
O bilionário Bill Gates acredita que o mundo deve aprender com a batalha contra o vírus ebola para se preparar para uma guerra contra uma possível doença fatal e global, utilizando, para isso, a ajuda das novas tecnologias. O americano, que participou em Berlim de uma conferência de doadores da organização Gavi, a Aliança Global para Vacinas e Imunização, considera que seria imprudente não se preparar para o risco de uma pandemia mundial.
"Um patógeno ainda mais difícil (que o ebola) poderia surgir: uma forma de gripe, de sars ou um tipo de vírus nunca antes visto", declarou em entrevista. "Nós não sabemos se isso vai acontecer, mas o risco é significativo o suficiente, e uma coisa que deveríamos aprender com o ebola é perguntar-nos: Estamos prontos o suficiente? É como quando estamos nos preparando para a guerra, temos aviões e precisamos treinar", continuou ele.
Segundo ele, se preparar pode significar recrutar voluntários para serem treinados para responder rapidamente às emergências de saúde, à imagem dos planos desenvolvidos nos países mais atingidos pelo ebola  Guiné, Libéria e Serra Leoa , que registraram quase 8.700 mortos, segundo o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Vacinação infantil — Bill Gates, classificado pela revista Forbes como o homem mais rico do mundo, com uma fortuna de cerca de 80 bilhões de dólares, explicou que a fundação que dirige com sua esposa Melinda tem distribuído em torno de 4 bilhões de dólares por ano para ajudar os mais pobres do mundo. A fundação também é um dos principais contribuintes da organização Gavi, que arrecadou promessas de doação de 7,5 bilhões de dólares para prosseguir com sua campanha de vacinação infantil de 2016 a 2020.
As vacinas são "os maiores salva-vidas de vidas humanas", de acordo com o americano de 59 anos de idade, que comemora o fato de a chanceler alemã Angela Merkel ter recebido esta conferência de doadores em Berlim e feito da vacinação no mundo uma das prioridades do G7 presidido pela Alemanha este ano. Ele também expressou sua preocupação com a ascensão de uma corrente antivacinação nos países ocidentais, ligada a um medo exagerado dos riscos associados às vacinas.
"Nós nos concentramos em crianças pobres. Milhões delas morrem de doenças que poderiam ser evitadas por meio de vacinas", acrescenta. "É uma pena não haver uma taxa de 100% (de vacinação) nos países ricos. Eles escolhem infectar potencialmente pessoas que não podem se proteger", considera Gates, observando que doenças como sarampo e a coqueluche podem voltar a se espalhar.
O cofundador da empresa de software Microsoft também salienta a importância da tecnologia na realização de campanhas de vacinação. "Nós usamos fotos de satélite para determinar onde as pessoas vivem, usamos o GPS com telefones móveis para ver se as equipes de vacinação estão indo em todos os lugares que precisam ir, fazemos uma análise estatística para ver se alguma criança não foi atendida", explica.
"As novas tecnologias inovadoras vão nos permitir ver o que está acontecendo, a um custo muito mais baixo", disse ele. Bill Gates também diz estar orgulhoso de ter incentivado outros bilionários americanos, como Warren Buffett, a dedicar uma parcela significativa de sua riqueza à caridade. Ele diz que quer levar esta mensagem para a Europa, Índia e China, "onde quer que eu vá, eu digo às pessoas o quanto eu me deleito na filantropia e eu encorajo outros a se envolver."


(Com Agência France-Presse)
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E PARA POUCOS O BRASIL VAI BEM OBRIGADO QUE MENTIRA

Contas do governo fecham 2014 com rombo de R$ 32,5 bilhões

Puxada por um grande déficit da Previdência, as contas do governo central ficaram negativas pela primeira vez no acumulado de um ano desde o início da série histórica
Puxada por um grande déficit da Previdência, as contas do governo central ficaram negativas pela primeira vez no acumulado de um ano desde o início da série histórica
O Brasil teve um rombo de R$ 32,5 bilhões nas contas públicas. Esse foi a primeira vez que o setor público (União, estados, municípios e estatais) registrou um déficit primário desde que o Banco Central começou a registrar os dados em 2002. Isso significa que o país gastou esse montante a mais do que o valor arrecadado em tributos pelo Estado. O valor representa 0,63% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país em um ano).
Apesar de ser um ano eleitoral – com vários impedimentos para despesas públicas – 2014 foi um ano atípico. Dos 12 meses, em sete o governo gastou muito mais dinheiro do que arrecadou. Não foi diferente em dezembro. No mês passado, o rombo veio inclusive maior que o projetado pelos economistas mais pessimistas do mercado financeiro: R$ 12,9 bilhões, o pior desde 2008.
No ano passado, todas as esferas de governo ficaram no vermelho. A União fechou o ano com um déficit de R$ 20,5 bilhões. Os governos regionais com um rombo de R$ 7,8 bilhões. E as estatais com uma fatura em aberto de R$ 4,3 bilhões.
Com essa gastança governamental, faltou dinheiro para pagar juros da dívida. O Brasil tinha uma conta de R$ 311,4 bilhões de encargos para arcar em 2014. Sem poupança nenhuma para diminuir essa dívida, a conta não fechou. Ao contrário, como os impostos não foram suficientes nem para as despesas do ano, os gastos a mais viraram dívida.
Isso aumentou o chamado déficit nominal do país que chegou a R$ 343,9 bilhões, ou seja, 6,7% do PIB: o maior da história.
Sem conseguir poupar nenhum centavo para pagar juros, a dívida aumentou independentemente do tipo da contabilidade. No caso da dívida líquida, foi a primeira vez que ela aumentou – em termos anuais – desde 2009. Subiu de 36,2% do PIB, em 2013, para 36,7% do PIB.
Já a dívida bruta passou de 63% do PIB para 63,4% do PIB no ano passado. Ao todo, o governo deve R$ 3,3 trilhões.
Contas são negativas pela primeira vez na história
O resultado consolidado é divulgado um dia após o Tesouro Nacional informar que o governo central — que reúne Tesouro, Previdência e Banco Central — registrou déficit primário de R$ 17,2 bilhões, o primeiro saldo negativo de toda a série história, iniciada em 1997. O número foi influenciado pelo desequilíbrio entre despesas e receita: em 2014, os gastos do governo aumentaram 12,8%, enquanto os ganhos cresceram só 3,6%.
Desde dezembro, a nova equipe econômica já anunciou uma série de medidas para reforçar as contas do governo. A primeira delas foi a restrição ao acesso a alguns benefícios de trabalhadores, como o seguro-desemprego. A estimativa é que as novas regras resultem em uma economia de R$ 18 bilhões só neste ano. O governo, no entanto, já indicou que pode ceder a pressões de centrais sindicais, que são contra as restrições.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou na semana passada uma série de aumentos em impostos, que devem melhorar a arrecadação — que encolheu no ano passado — em cerca de R$ 20 bilhões neste ano. O pacote inclui a cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributo que incide sobre os combustíveis.
No ano passado, o governo — ao perceber que não conseguiria cumprir a meta fiscal estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) —, o governo conseguiu aprovar a alteração da legislação no Congresso que, na prática, permitiu que a meta não fosse cumprida. A estratégia foi permitir o abatimento do total das despesas do Programa de Aceleração do Crescimento, o que poderia chegar a R$ 140 bilhões. Dessa forma, mesmo com resultado negativo, o governo cumpre a legislação e entrega um superávit primário de R$ 49,1 bilhões.
Dezembro
Apenas em dezembro, as contas do governo central registraram um superávit de 1,039 bilhão de reais, decepcionando mais uma vez. No final do ano passado, o ex-secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, havia garantido que o superávit seria de dois dígitos, o que não ocorreu. O resultado de dezembro é pior para o mês desde 2008, quando as contas fecharam com déficit primário. Para não ser responsabilizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo conseguiu que o Congresso Nacional aprovasse uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que permite o descumprimento da meta.
Fonte: Veja

AINDA EXISTE PESSOAS DE CORAGEM PARABÉNS

Venina: ex-funcionária da Petrobras será testemunha de acusação na Lava Jato

Venina Veloso é ex-gerente da Diretoria de Abastecimento da Petrobras
Venina Veloso é ex-gerente da Diretoria de Abastecimento da Petrobras
Venina Velosa da Fonseca, ex-funcionária da Petrobras que afirmou que toda a diretoria da estatal sabia do desvio de dinheiro, deve prestar seu primeiro depoimento à Justiça Federal em Curitiba no próximo dia 3, no processo que envolve, além de Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, executivos da Engevix.
O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, autorizou pedido do Ministério Público Federal para que Venina substitua João Procópio de Almeida Prado na lista de testemunhas de acusação. Também vão depor a ex-contadora de Youssef, Meire Poza; o ex-laranja do escândalo Petroforte e agora doleiro Leonardo Meirelles; o consultor de vendas Júlio Camargo e o empresário Augusto Mendonça, dono da Setal, empresa sócia da japonesa Toyo no Grupo Toyo Setal.
A defesa de Almeida Prado já havia adiantado que ele permaneceria em silêncio e só falaria nas ações penais em que aparece como réu. Procópio, como é mais conhecido, está preso no Complexo Médico Penal. Concunhado de João Ricardo Auler, presidente do conselho da Camargo Corrêa, ele era funcionário e homem de confiança do doleiro Alberto Youssef. Ex-executivo de banco, é apontado como o criador do esquema de offshores e como dono das senhas das contas bancárias que movimentavam dinheiro para Youssef fora do Brasil. Foi ele também quem formatou o modelo de offshores a ser usado pelo esquema de Paulo Roberto Costa, envolvendo toda a familia – a mulher, as duas filhas e os dois genros.
Na petição em que afirmou que o cliente permaneceria em silêncio, os advogados de Almeida Prado disseram ao juiz Sérgio Moro que ser levado até a Justiça Federal para depor poderia agravar o problema de saúde dele: forte dor na coluna. De acordo com atestado médico, Almeida Prado, de 68 anos, apresenta lombalgia crônica, artrose lombar e escoliose e deve “permanecer em posição confortável”, evitando “flexão de tronco e quadris”. Além disso, deve utilizar “vaso sanitário ou, na ausência deste, cadeira apropriada”.
Por este motivo, os advogados pediram que, caso seja levado a depor pela Polícia Militar, que ele seja levado “no assento regular da viatura policial”, não na parte de trás do camburão, como costuma ocorrer. Argumentaram que, desta forma, sofrerá menos os “impactos que normalmente ocorrem durante o trajeto”.
Arrolada como testemunha de acusação pelo Ministério Público Federal, Venina fará uma maratona de depoimentos. Tem audiências marcadas na Justiça Federal do Paraná nos dias 5, 6, 10 e 12 de fevereiro.
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Fonte: O Globo

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

ELES PENSAM QUE ACREDITAMOS EM CONTO DE FADA,MAS CONHECEMOS A HISTORIA DO PINÓQUIO SERA ?

Petrobras publica balanço sem as perdas por corrupção

Imagem: DivulgaçãoPetrobras publicou na madrugada desta quarta-feira (27) o balanço financeiro do terceiro trimestre de 2014 sem considerar as baixas contábeis causadas por corrupção. O documento, divulgado após dois adiamentos e com mais de dois meses de atraso, não tem a aprovação da auditoria independente PricewaterhouseCoopers (PwC). Depois de 11 horas de reunião na terça, o Conselho de Administração da estatal não chegou a um consenso sobre como separar no balanço as perdas provocadas pelos desvios apontados na Operação Lava Jato dos prejuízos com outros fatores, como projetos ineficientes e atrasos causados por chuvas.
“A companhia entende que será necessário realizar ajustes nas demonstrações contábeis para a correção dos valores dos ativos imobilizados que foram impactados por valores relacionados aos atos ilícitos perpetrados por empresas fornecedoras, agentes políticos, funcionários da Petrobras e outras pessoas no âmbito da Operação Lava Jato”, diz um comunicado da estatal. A petroleira informou que está avaliando “outras metodologias” para atender às exigências dos órgãos reguladores.
Pessoas próximas à Petrobras esperavam que a empresa reconhecesse uma baixa contábil de até 20 bilhões de dólares (cerca de 52 bilhões de reais), ou o equivalente a 42% do valor de mercado atual da companhia. Além disso, analistas falam em uma possível redução de 30% do plano de investimentos da estatal.
Números
Segundo o balanço sem as baixas divulgado pela Petrobras, a empresa registrou um lucro líquido de 3,087 bilhões de reais no terceiro trimestre do ano passado. O resultado representa uma queda de 38% em relação ao trimestre anterior. No acumulado de janeiro a setembro, o lucro foi de 13.439 bilhões de reais, uma queda de 22% na comparação com o mesmo período de 2013.
A publicação do balanço sem as perdas contábeis não é suficiente para satisfazer os investidores, apontam observadores do mercado financeiro, mas tem como consequência prática evitar que a estatal seja considerada em situação de default ou “calote técnico”. Isso ocorre se a empresa descumpre cláusulas contratuais com seus credores no exterior, entre elas o prazo para publicação de seus resultados.
Graça Foster
Em uma nota endereçada a acionistas e investidores da estatal e divulgada junto com o balanço, a presidente Graça Foster mencionou a Lava Jato para justificar o atraso de dois meses na divulgação do documento. “Como é de notório conhecimento, a Petrobras enfrenta um momento único em sua história. Em março de 2014, a ‘Operação Lava Jato’, deflagrada pela Polícia Federal com o objetivo de investigar suspeitas de lavagem de dinheiro, alcançou a Petrobras com a prisão do ex-diretor de Abastecimento da Companhia Paulo Roberto Costa”, escreveu ela. No comunicado, Graça também tentou explicar a decisão de não contabilizar as perdas por desvios. “Concluímos ser impraticável a exata quantificação destes valores indevidamente reconhecidos, dado que os pagamentos foram efetuados por fornecedores externos e não podem ser rastreados nos registros contábeis da companhia”.
Atrasos
Esperada inicialmente para 14 de novembro, a divulgação do balanço foi adiada para 12 de dezembro, quando também não ocorreu. Em 29 de dezembro, quando venceu o prazo para publicação estabelecido nos contratos que regem os títulos da dívida (bonds) da Petrobras, a estatal informou que pretendia divulgar os resultados até o fim de janeiro e assim evitar a declaração do “calote técnico” – isso ocorre em até 60 dias a partir de um “aviso de default” feito pelos credores.
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Fonte: Veja

TODOS OS BRASILEIROS ACREDITA NA JUSTIÇA E TEM ESPERANÇA QUE OS CULPADOS VÃO PARA A CADEIA

Justiça: lista de políticos envolvidos na Lava Jato sairá em fevereiro

Imagem: DivulgaçãoA menos de uma semana para o retorno dos trabalhos do SupremoTribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, corre para apresentar as denúncias e os pedidos de abertura de inquérito contra dezenas de deputados e senadores citados como beneficiários do propinoduto na Petrobras. Procuradores que auxiliam Janot na análise dos documentos da Operação Lava Jato discutem o cronograma de apresentação das informações ao Supremo e avaliam que a indicação dos políticos suspeitos de envolvimento com o petrolão deve ser feita após o Carnaval.
A ideia é que todos os casos envolvendo autoridades com foro privilegiado, como deputados e senadores, sejam enviados ao STF de uma só vez. Ao chegar ao tribunal, caberá ao Supremo autorizar diligências para a investigação de autoridades, como pedidos de quebra de sigilo e produção de provas complementares. Nos casos em que já existem indícios suficientes de que parlamentares cometeram crime, Janot pretende encaminhar a denúncia diretamente, sem a etapa preliminar de inquérito.
No STF, a tendência é que os casos tenham ampla publicidade, permanecendo em sigilo apenas situações que possam comprometer a produção e provas. Atualmente, são mantidos em sigilo os nomes dos deputados e senadores citados nas delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
No Supremo, os processos serão julgados na 2ª Turma, presidida pelo ministro Teori Zavascki. Novas regras do tribunal, implementadas em maio para desafogar o fluxo de processos no Plenário, transferiram para a turma a análise de processos contra congressistas. Como as turmas são compostas por cinco ministros, ante 11 do Plenário, uma condenação de político precisa agora de menos votos. A transferência dos julgamentos é criticada por parlamentares. O Plenário, contudo, continua com a responsabilidade de julgar os presidentes da Câmara e do Senado.
Reportagem de ‘Veja’ revelou que Paulo Roberto Costa afirmou à Justiça e ao Ministério Público que políticos da base aliada receberam dinheiro do esquema. O rol de citados pelo delator inclui três governadores, seis senadores, um ex-ministro de Estado do primeiro mandato de Dilma Rousseff e pelo menos 25 deputados federais embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal. De acordo com depoimento de Costa, o esquema funcionou nos dois mandatos do ex-presidente Lula, mas continuou na gestão da petista. Entre os beneficiários do propinoduto revelado pelo ex-dirigente da estatal estão políticos do PT, PMDB e PP.
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Fonte: Veja

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

NO MEIO DESTA LAMA TEM MUITA SUJEIRA PARA SER TIRADA AINDA

Cerveró recua e desiste de arrolar Dilma como testemunha/ Em menos de três horas, ex-diretor da área Internacional da Petrobras mudou de ideia e desistiu de requisitar à Justiça depoimento da presidente

Daniel Haidar
16/04/2014 - O ex-diretor da área internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, durante sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, em Brasília, para dar esclarecimentos sobre a operação de compra da refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos
16/04/2014 - O ex-diretor da área internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, durante sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, em Brasília, para dar esclarecimentos sobre a operação de compra da refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos  (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Em menos de três horas, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró desistiu de arrolar a presidente Dilma Rousseff como testemunha em uma ação penal na Justiça Federal do Paraná. O pedido foi protocolado nesta segunda-feira, às 13h45, e a desistência foi comunicada às 16h27. Como em qualquer ação penal, todo depoimento proposto pela defesa de um acusado precisa ser aceito pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, para ser realizado. Nesse processo, o ex-diretor é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por ter recebido propina por negócio no qual a estatal comprou sondas da Samsung Heavy Industries.
Procurado, o advogado Edson Ribeiro, que defende Cerveró, não foi encontrado para explicar por que mudou de ideia. Para a Agência Estado, o advogado disse que a troca foi decidida após conversa com Cerveró na carceragem da PF em Curitiba. "Não foi nada demais, eu havia colocado a presidente (Dilma) e o (Sérgio) Gabrielli porque um foi presidente da Diretoria Executiva e outro do Conselho de Administração (da Petrobras). Mas, ao conversar com Nestor Cerveró ele me disse que neste caso (pagamento de propina em compra de navios-sonda pela estatal) a decisão foi exclusiva da Diretoria, não passou pelo Conselho”, explicou.

Ele trocou a intimação de Dilma pela convocação da testemunha Ishiro Inagaki. De acordo com a petição entregue à Justiça, a troca foi solicitada porque "a aquisição das sondas foi privativa da Diretoria da Petrobras, não passando pelo Conselho de Administração, onde a testemunha ora substituída exercia a Presidência, sendo, portanto, despicienda sua oitiva".
Cerveró também é investigado por ter recomendado a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, ao conselho de administração da petrolífera. Pelo empenho no péssimo negócio, Cerveró recebeu suborno, de acordo com depoimento do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. Pasadena deu prejuízo superior a 1 bilhão de reais para a petrolífera.
A intimação de Dilma tinha sido considerada uma provocação de Cerveró. O ex-diretor ainda não foi acusado criminalmente pela transação. O advogado Edson Ribeiro, que defende Cerveró, tenta desviar o foco das acusações contra Cerveró e responsabilizar o conselho de administração da estatal, presidido na ocasião por Dilma, pela compra de Pasadena. 
"Ela não era na época presidente do Conselho de Administração? Não vou adiantar as perguntas que faremos", afirmou Ribeiro ao site de VEJA pouco depois de pedir o depoimento da presidente
A defesa de Cerveró mantém a solicitação que seja intimado o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli como testemunha de defesa na ação penal que trata do suborno na compra de sondas. Foram solicitados ainda depoimentos de João Carlos de Lucca, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), de Álvaro Teixeira, do IBP, de Hercules Tadeu Ferreira da Silva, ex-diretor da Petrobras Angola, de Luiz Carlos de Lemos Costamilan, ex-funcionário da Petrobras e conselheiro de administração da Queiroz Galvão, de Eloy Fernandez y Fernandez, presidente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), e do consultor Ricardo Mucci.
fonte veja 

A CIÊNCIA AJUDANDO VOCÊ PARA CONSEGUIR SEUS OBJETIVOS

Entrevista - Gabriele Oettingen

O pensamento positivo, sozinho, não vence batalhas. Pode até atrapalhar/ Para a psicóloga alemã Gabriele Oettingen, o otimismo é o pior caminho para alcançar os desejos. Nesta entrevista ao site de VEJA, uma das maiores especialistas em pensamento positivo explica como combinar imagens de um futuro feliz a seus obstáculos é a melhor forma de tornar os sonhos realidade

Rita Loiola
Gabriele Oettingen, autora do livro 'Rethinking Positive Thinking' (Repensando o Pensamento Positivo, em tradução livre), lançado nos Estados Unidos
Gabriele Oettingen, autora do livro 'Rethinking Positive Thinking' (Repensando o Pensamento Positivo, em tradução livre), lançado nos Estados Unidos (Divulgação/VEJA)
“O pessimismo nunca ganhou nenhuma batalha”, disse certa vez o presidente americano Dwight Einsenhower (1890-1969). Para a psicóloga alemã Gabriele Oettingen, ele deveria acrescentar que o otimismo também é incapaz de vencer qualquer combate. 

Biblioteca

Rethinking Positive Thinking
 
Divulgação/VEJALivro Rethinking Positive Thinking
Uma das maiores especialistas no mundo em pensamento positivo, a psicóloga alemã Gabriele Oettingen mostra visualizar os sonhos realizados não é o caminho para alcançar o que deseja. Reunindo duas décadas de pesquisas no tema, a professora da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, explica como, junto ao otimismo é necessário juntar os obstáculos da realidade e trabalhar duro para que sejam superados. Assim, garante, os sonhos têm mais probablidade se tornarem reais.

Autor: OETTINGEN, GABRIELE
Editora: CURRENT/PENGUIN GROUP
Apoiada em 20 anos de pesquisas sobre o pensamento positivo, a professora da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, e da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, derrubou em mais de uma centena de experimentos científicos a crença de que, para alcançar um sonho na vida, basta imaginá-lo realizado. De acordo com Gabriele, o universo não conspira a favor de ninguém. Ao contrário do que afirmam gurus e best-sellers de autoajuda, como o livro O Segredo, o caminho para alcançar uma meta não é esperar que ela se realize em um passe de mágica, mas trabalhar duro.

“Em qualquer perspectiva, a sabedoria convencional da psicologia e da literatura de autoajuda está errada: o pensamento positivo não ajuda sempre”, diz a psicóloga, autora do livro Rethinking Positive Thinking(Repensando o Pensamento Positivo), lançado recentemente nos Estados Unidos.

​Esperança — Gabriele começou a pesquisar o tema quando vivia na Alemanha, na época em que o Muro de Berlim (1981-1989) separava a cidade em duas. Seu interesse era a esperança que os habitantes de Berlim Oriental alimentavam de poder sair da cidade ou viver dias melhores, apesar de não existir qualquer perspectiva de mudança. A então bióloga queria entender o propósito das fantasias e imagens positivas que povoam a mente de milhares de pessoas que passam por situações difíceis.
Na metade dos anos 1980, Gabriele foi para os Estados Unidos trabalhar com o psicólogo americano Martin Seligman, mais conhecido por seus estudos sobre felicidade e um dos principais representantes de uma corrente chamada psicologia positiva, que pesquisa o papel das emoções no equilíbrio físico e mental. Uma década depois, quando começou seus próprios experimentos sobre o pensamento positivo, os dados mostraram à pesquisadora que fantasiar ou imaginar um futuro em que os desejos são realizados não ajuda a consegui-los. Gabriele replicou os estudos com diversos grupos de idades e sexo diferentes, nos Estados Unidos e Europa, com objetivos de saúde, trabalho ou relacionamentos. Os resultados foram sempre os mesmos. Viver mentalmente os sonhos apenas baixa a pressão sanguínea, causando um estado prazeroso de letargia.
A partir dessa descoberta, Gabriele analisou as táticas daqueles que se saíram melhor em seus experimentos e começou a sistematizá-las. Desenvolveu uma técnica que leva em conta obstáculos reais que precisam ser superados quando se persegue um objetivo e a batizou de "contraste mental" – também exaustivamente testada em laboratório durante as duas últimas décadas.
Costumamos acreditar que visualizar os sonhos e imaginar sua realização ajuda a alcançá-los. No entanto, seu livro mostra o contrário. Quando percebeu que estava indo contra a corrente? No início, eu também acreditava fortemente no poder do pensamento positivo. Então, em 1991, fiz um estudo com 25 mulheres obesas que participavam de um programa de redução de peso. Pedi que contassem como se viam no futuro e como se sentiam diante dos maiores obstáculos para que emagrecessem. Depois de um ano, voltei a falar com elas. Aquelas que acreditavam que iriam emagrecer tinham perdido cerca de 10 quilos a mais que as que não achavam que iriam perder peso. No entanto, as mulheres que imaginavam que teriam dificuldades perderam ainda 10 quilos a mais que as que tinham imagens muito positivas do futuro. As mulheres que se imaginavam longilíneas ou passando pela mesa de doces sem olhar tiveram os piores resultados. Sonhar com o desejo realizado não ajudou e, mais que isso, impediu que ele fosse realizado.
Por que isso aconteceu? Fiquei curiosa e comecei a replicar esses estudos, com mais pessoas, com outros objetivos, para ter certeza do que estava começando a descobrir. Na época, a crença no pensamento positivo era muito forte e ele era pouco estudado. Durante 20 anos, analisei estudantes que queriam tirar boas notas, recém-formados que começavam no mercado de trabalho, homens e mulheres que queriam iniciar uma relação amorosa, discursos otimistas de presidentes e sua relação com a economia e mais dezenas de sonhos. Medimos a pressão sanguínea e descobrimos que as imagens positivas do futuro fazem as pessoas relaxar e induz um estado de prazer. Todos os resultados de nossos estudos, em grupos pequenos e grandes, com diferentes faixas etárias, gêneros, nos Estados Unidos e Europa mostraram o mesmo.
Relaxar e aproveitar o sonho não pode ser positivo? Isso rouba a energia e tira a motivação para seguir o difícil caminho de conquista dessas metas na vida real. Desse modo, as pessoas não se sentem preparadas para superar as adversidades e não percebem quais atitudes são necessárias para tornar os sonhos realidade.
O otimismo nunca é útil? Se estiver interessado em alguns momentos de prazer é muito interessante imaginar quão maravilhoso o futuro será. Ele também ajuda a explorar as diversas possibilidades da vida. Se não estou certa se quero ser cientista ou artista, qual é minha grande paixão, então fantasiar e imaginar como seria o futuro é uma boa ideia. O pensamento positivo também é útil quando estamos presos em situações nas quais não podemos agir. Como os alemães que estavam cercados em Berlim Oriental querendo passar para o outro lado. Ou quando fazemos uma prova ou entrevista de emprego e estamos esperando o resultado. Imaginamos como seria trabalhar na empresa ou receber uma boa nota e isso nos deixa relaxados. Sonhar acordado é necessário para entender o que queremos e dar direção às ações, mas não é o suficiente. Se ficarmos apenas nisso, estaremos tão felizes que é impossível tirar as dificuldades do caminho para alcançar qualquer coisa.
Entretanto, diversas pesquisas mostraram que pessoas otimistas têm melhor saúde cardiovascular, são mais magras e saudáveis. O otimismo não faz bem à saúde? Nossos estudos mostraram que quando o pensamento positivo ou as altas expectativas são construídos com base em sucessos passados, ele é realmente útil. Mas, nossos estudos com jovens deprimidos mostraram que, se essas imagens de um futuro brilhante são boas no curto prazo, elas promovem a doença no longo prazo. Elas agem de forma semelhante aos mecanismos que aliviam dores extremas, como medicamentos ou drogas. São boas no momento, mas tornam as pessoas passivas, inábeis para mudar sua situação. Um experimento que fizemos com pacientes que se recuperaram de cirurgias no quadril mostrou que, quanto mais essas pessoas imaginavam uma recuperação fácil e rápida, pior era sua reabilitação. Aquelas que imaginavam que estariam bem e compreendiam todos os passos necessários para a reabilitação mostraram os melhores resultados.
Ou seja, o segredo para conseguir nossos desejos não é imaginar um futuro dourado, mas, simplesmente, olhar para a realidade e trabalhar duro? Sim, é exatamente isso. Não podemos explorar demais as imagens positivas a ponto de estarmos desligados da realidade. A ideia é: por que vamos nos esforçar em conseguir algo se podemos aproveitar os resultados em nossa mente? Para o cérebro, viver as experiências na imaginação ou na realidade tem o mesmo impacto. Sonhar não é agir. E precisamos sentir a resistência da vida real para sabermos que ainda não chegamos lá.
Como fazemos isso? Contrastando as fantasias com seus obstáculos. Quem ensinou isso foram as pessoas que fizeram parte dos meus estudos. Os participantes que pensavam em um futuro positivo considerando os obstáculos e as tentações no caminho eram os que se saíam melhor. Então vimos que essa estratégia, que batizamos de contraste mental, poderia ser uma saída. O que fizemos foi imitá-los e submeter essa técnica a novos experimentos. Basicamente ela consiste em nomear os desejos e metas e enumerar os obstáculos importantes. Fazendo isso, a pressão sanguínea aumenta, fornecendo a energia e motivação necessárias para a ação.
Em vez de criar essa estratégia não seria mais simples diminuir as expectativas? Por que o contraste mental é melhor que assumir nossos limites? Se você está falando de expectativas no sentido de aspirações ou padrões, sim, baixar os padrões ou ajustar os desejos é muito bom. É isso que o contraste mental faz. Vamos supor que o grande desejo de alguém é correr sete dias por semana. Mas para isso, essa pessoa terá que passar por alguns obstáculos e ela não pode, por exemplo, chegar mais tarde ao trabalho ou deixar o filho sozinho todos os dias. Mas ela pode fazer isso três vezes durante sua semana. Então ela vai correr não sete, mas três vezes. O que fez foi ajustar o desejo e compreender o que impedia de realizá-lo, agindo para isso. Dessa forma, é possível ter uma vida construída em ações e não em sonhos.
As pessoas otimistas que conseguem seus objetivos não poderiam estar utilizando essa técnica inconscientemente? Nossos estudos mostraram que, espontaneamente, poucas pessoas utilizam o contraste mental. Apenas uma em cada seis faz isso instintivamente. O comum é fantasiar em relação ao futuro e parar por aí. Ou então ruminar os obstáculos e se sentir paralisado. O grande segredo é combinar as duas coisas: fantasiar positivamente e considerar as pedras do caminho.
Essa estratégia é bastante racional para algo que, durante muito tempo, foi considerado um mistério. Ela pode ser tão controlada? O mais interessante sobre o contraste mental ou WOOP [sigla em inglês para wish, outcome, obstacle, plan ou, em português, desejo, resultado, obstáculo, plano], que é o contraste mental planejado, é que ele funciona inconscientemente. É uma técnica de visualização consciente e racional, que faria algo como ‘limpar’ a vida por meio da compreensão do que podemos realizar. É uma espécie de ‘pegar ou largar’ que nos deixa com a consciência tranquila sobre o que queremos e podemos fazer, abandonando os objetivos inalcançáveis. O que ocorre é que o futuro e a realidade, as imagens positivas e seus obstáculos se tornam muito conectados. E isso faz com que a realidade ganhe novos sentidos.
Como assim? Tanto a realidade como os obstáculos são vistos no mesmo plano. Por exemplo, vamos imaginar que há uma reunião importante na segunda-feira, mas você foi convidada para uma festa incrível no sábado anterior. Essa festa pode atrapalhar sua preparação. Quando você faz o contraste mental, a festa não se torna apenas diversão, mas também um obstáculo para o sucesso da reunião. Ou seja, você percebe a realidade de outra forma. Sua pressão aumenta e sua energia também. Há mudanças no processo motivacional que não são conscientes e que têm efeito no comportamento. Nossa pesquisa mostrou que, após um tempo usando essa estratégia, chegamos ao fim do dia, ou de meses, e percebemos que os desejos realmente vão sendo realizados. É como se funcionasse por conta própria.
Mais ou menos como ensinam os livros de autoajuda sobre o pensamento positivo. Mas sou uma cientista que observa o mundo e aprendo com o que os dados mostram. O mais interessante é que é possível sentir os resultados e conseguimos medi-los estatisticamente.
Há alguma área da vida em que essa técnica é mais eficaz? Ela ajuda a melhorar a saúde, os relacionamentos pessoais, ser bem-sucedido no estudo e trabalho. Temos os primeiros resultados de um estudo randomizado com pessoas deprimidas que, usando o contraste mental, conseguiram sair de casa, fazer exercícios ou conversar com amigos durante um curto período de tempo. A estratégia também ajudou adolescentes que são estigmatizados a ser mais bem aceitos por seu grupo. 
eu livro menciona que o contraste mental é um caminho para encontrar a liberdade. O que isso quer dizer? Essa nova forma de pensamento positivo é capaz de dar direção aos nossos desejos, bem como energia e motivação para consegui-los. Hoje, ninguém nos diz o que fazer ou como devemos conduzir nossas vidas e, por isso, essa estratégia pode ser um guia que usamos sozinhos, que mostra o que vale a pena e o que pode ser deixado de lado. Ela nos dá uma sensação de poder e liberdade para descobrir quem somos. É preciso um pouco de humor também, porque nem sempre essa descoberta é agradável. Há coisas em nós que são obstáculos não só para um sonho, mas para várias metas de nossa vida.


Por que ainda acreditamos que o pensamento positivo é o caminho certo para a felicidade? Há muito workshops, treinamentos e coachs que, o tempo todo, nos dizem para pensar positivo, ser otimista e acreditar em nossos sonhos. Uma das razões para essa crença é que é muito prazeroso pensar em um futuro positivo. Ficamos relaxamos e somos recompensados quando falamos às pessoas para serem otimistas – é bem mais agradável incentivar um sonhador que enumerar as dificuldades ou questioná-lo.
FONTE VEJA 

Segio Lima Artesanato

 
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