sexta-feira, 24 de junho de 2016

Brexit terá pouco efeito para o Brasil no curto prazo, diz BC
Tulio Maciel, chefe do departamento econômico do Banco Central, afirma que decisão britânica de deixar a UE cria incerteza nos mercados, mas não altera fundamentos brasileiros
24/06/2016 às 14:11 - Atualizado em 24/06/2016 às 14:11

Tulio Maciel, chefe do departamento econômico do Banco Central(Elza Fiuza/Agência Brasil/VEJA)
A decisão do Reino Unido de sair da União Europeia (o chamado "Brexit") sacramentada nesta sexta-feira após o referendo realizado no dia anterior, não deve mudar significativamente os fundamentos da economia brasileira, segundo o chefe do departamento econômico do Banco Central brasileiro, Tulio Maciel.
"Os impactos são limitados", disse ele. "Em termos de mercados, claro que a saída agrega incertezas no curto prazo. No cenário interno, já observamos oscilações depois do resultado."
A decisão do referendo britânico tem gerado fortes oscilações nos preços dos ativos. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, estava em baixa de 3,41% por volta de 13h50. O dólar, por sua vez, subia 1,3%, a 3,39 reais.
Mas o BC está preparado para esse tipo de situação, disse Maciel. Ele acrescentou que o "regime de câmbio flutuante tem se mostrado exitoso nessa espécie de contexto" e lembrou que o fluxo comercial do Brasil com o Reino Unido responde por cerca de 1,5% do total de importações e exportações da economia brasileira.
Nesta sexta, o BC melhorou novamente sua projeção para o déficit em transações correntes do Brasil para 2015. A nova previsão, de 15 bilhões de dólares, é 10 bilhões de dólares menor que a esperada até então. Se confirmado, será o melhor resultado desde 2007, quando houve superávit de 408 milhões de dólares. No ano passado, o rombo na conta corrente do país ficou em 58,88 bilhões de dólares.
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Em maio, as transações correntes do Brasil fecharam com superávit de 1,2 bilhão de dólares. Trata-se do melhor desempenho para o mês desde 2004, quando registrou superávit de 1,43 bilhão de dólares. Em doze meses, em contrapartida, o déficit subiu a 2,87% do Produto Interno Bruto (PIB) - em abril, o nível foi de 2,63% do PIB.
O resultado das contas externas foi puxado principalmente pela balança comercial, positiva em 6,25 bilhões de dólares. No mesmo mês do ano passado, o superávit comercial foi de 2,46 bilhões de dólares.
Os gastos líquidos dos brasileiros no exterior caíram 32% em maio na comparação com maio de 2015, a 679 milhões de dólares em maio. As remessas de lucros e dividendos recuaram 12,3%, a 1,70 bilhão de dólares.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)


Bolsas europeias fecham em forte baixa após Brexit
Alguns mercados registraram queda de mais de 12%, como a Itália e Espanha. No Brasil, Bovespa cai quase 3%
24/06/2016 às 15:03 - Atualizado em 24/06/2016 às 15:14

Mercados financeiros globais desabaram nesta sexta-feira, após decisão do Reino Unido de deixar União Europeia(Andrew Burton/Getty Images)
As bolsas de valores na Europa sofreram forte queda nesta sexta-feira, pressionadas pela decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia (UE). Alguns mercados despencaram mais de 12%, como Milão e Madri, que teve a maior desvalorização diária de sua história. As ações de bancos tiveram as principais perdas do dia no continente.
Segundo dados coletados pela Agência Efe, o valor de mercado das principais bolsas europeias alcançou no fechamento de ontem 6,1 trilhões de euros, e hoje, 5,14 trilhões de euros, uma perda de mais de 960 bilhões de euros, ou 1,08 trilhão de dólares.
No fim da sessão, a Bolsa de Londres caiu 3,15%; Frankfurt, 6,82%; Paris, 8,04%; e Milão, 12,48%. O principal indicador da Bolsa espanhola, o IBEX 35, despencou 12,35%, pior pregão da história.
"Como os investidores estavam esperando que o Reino Unido continuasse na UE, a votação veio como uma grande surpresa", disse em nota Alexander Krueger, do Bankhaus Lampe, acrescentando que as ações devem apresentar fortes flutuações nos próximos trimestres.
Na Ásia, os mercados também fecharam em forte queda. A bolsa de Tóquio caiu 7,92%. Os mercados nos Estados Unidos também operam no negativo. No Brasil, a Bovespa registra queda de quase 3%.

(Da redação, com EFE)
Boris Johnson, o grande vencedor do Brexit, quer o emprego de Cameron
Em 2015, quando enfrentou o trabalhista Ed Miliband nas eleições, Cameron talvez não pudesse imaginar que seu mais perigoso rival seria alguém de seu próprio partido
24/06/2016 às 15:51 - Atualizado em 24/06/2016 às 17:40


O prefeito de Londres, Boris Johnson, no topo da torre Orbit, no Parque Olímpico(Christopher Lee/Getty Images/VEJA)
O ex-prefeito de Londres, Boris Johnson, foi o principal nome da campanha pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE) e nesta sexta foi saudado por seus colegas e pela imprensa local como o grande vencedor político do referendo. Após a confirmação oficial do resultado, Johnson comemorou a "independência" de seu país: "Podemos encontrar nossa voz no mundo novamente, uma voz que é proporcional a da quinta maior economia da Terra". Aos 51 anos, o político é cotado como favorito dentro do Partido Conservador para substituir David Cameron como primeiro-ministro.
No ano passado, quando enfrentou o trabalhista Ed Miliband nas eleições gerais, Cameron talvez não pudesse imaginar que seu mais perigoso rival político seria alguém de seu próprio partido, e ainda que ele seria um velho colega de escola. A relação de Johnson com o atual premiê data de antes do início de suas carreiras políticas. Os dois se conheceram na escola de elite Eton College e cursaram a Universidade de Oxford juntos. Foi também durante seus anos de educação que Johnson, filho de britânicos nascido em Nova York, nos Estados Unidos, teve os primeiros contatos com a alta sociedade do Reino Unido.
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Contudo, os dois amigos escolheram lados opostos após o anúncio do referendo, feito durante a campanha política de 2015. Ao longo de toda a maratona que antecedeu a consulta popular, Johnson e o atual primeiro-ministro discordaram em quase todas as suas declarações. O ex-prefeito chegou a dizer que as afirmações de Cameron sobre as consequências da saída britânica da UE eram "enganosas e mal-intencionadas" para convencer o povo a votar a favor da permanência.
A ironia é que o euroceticismo bem articulado e distante da ferocidade de Nigel Farage (líder do partido ultranacionalista Ukip) vem de um homem muito ligado às instituições europeias. O pai de Boris Johnson, Stanley, que defendia a permanência na UE, foi deputado pelo Partido Conservador e trabalhou na Comissão Europeia. Boris foi aluno da Escola Europeia de Bruxelas antes de entrar para o Eton e conheceu também a máquina burocrática da UE por dentro, atuando como jornalista.
Antes de ser eleito prefeito de Londres, em 2008, Johnson trabalhou no jornal Daily Telegraph e entre 1989 e 1994 foi correspondente em Bruxelas, favorecendo histórias que alimentavam o euroceticismo em casa. Tornou-se então o jornalista favorito da primeira-ministra Margaret Thatcher, graças a artigos que ridicularizavam as instituições europeias e caricaturavam seus regulamentos extremamente detalhados. Durante todo esse período, conseguiu construir sua reputação com críticas ácidas e piadas sobre o bloco europeu. Em 2008, ele foi eleito prefeito de Londres e seu estilo bonachão e pragmático, dosando gírias populares e citações em latim, garantiram a reeleição em 2012. Johnson deixou o comando da prefeitura no início deste ano com ótimos índices de aprovação. Com tempo livre, passou a dedicar-se exclusivamente à campanha do Brexit.
Com fama de histriônico e um senso de humor louvado até por seus críticos, Johnson é o típico conservador à moda britânica: partidário do Estado mínimo e da pouca intervenção estatal na sociedade. Ele também é um ardoroso defensor das tradições do país, inclusive das mais populares, como acompanhar um jogo de futebol em um pub bebendo litros de cerveja em caneca.
O novo premiê será escolhido num congresso dos tories em outubro, e até lá muita água ainda vai rolar na composição de forças dentro da legenda. O Partido Conservador sai do referendo rachado, com muitas disputas internas e mágoas que precisam ser aplacadas para apaziguar o ambiente antes da formação do novo governo. Apesar das incertezas, uma coisa é certa: os ex-colegas Johnson e Cameron vão continuar sentando em lados opostos da mesa de negociações.
(Da redação)


MPF lança novo site da ‘Campanha 10 Medidas contra a Corrupção'; confira!

Imagem: DivulgaçãoO Ministério Público Federal (MPF) lançou, nesta quarta-feira (22), o novo site da Campanha 10 Medidas contra a Corrupção. A página apresenta a história da campanha, por meio de linha do tempo, com notícias sobre a evolução do projeto desde sua criação,em 2014. Além disso, traz, de forma interativa, galeria de fotos, vídeos, áudios e posts do Facebook; perguntas frequentes sobre a campanha, artigos e informações sobre atramitação Projeto de Lei (PL) 4.850/2016, que reúne todas as medidas sugeridas pelo MP brasileiro.
No menu “Campanha”, o site disponibiliza listas de apoiadores por categoria, personalidade e por estados. Nesse link, o usuário pode conhecer as instituições e as pessoas que dedicaram, de forma voluntária, tempo, espaço e recursos para a Campanha 10 Medidas contra a Corrupção.
Também é possível ter acesso aos documentos da campanha como ficha de assinaturas, propostas legislativas, resumo das medidas, carta de apoio e sumário executivo. O número de assinaturas obtidas pelo “Assinômetro”, com os totais por unidades da federação, também está disponível.
Para os visitantes que têm dúvidas sobre a coleta de assinaturas, apoio à campanha, aprovação das medidas pelo Congresso Nacional, entre outros questionamentos, basta acessar o menu “Perguntas frequentes”.
Já no item “Tramitação no Congresso”, é possível consultar o andamento do (PL 4850/2016), na Câmara dos Deputados, assim como o de outras várias iniciativas legislativas que contemplam pontos sugeridos no pacote anticorrupção do MP brasileiro.
O internauta também poderá conhecer alguns dos produtos utilizados ao longo da campanha que coletou mais de dois milhões de assinaturas em oito meses, como adesivos, camisetas, broadside, banner de lona, filipeta, outdoor, anúncio de revistas e adesivo para camiseta.
Desdobramentos da campanha
Para continuar apoiando a campanha 10 Medidas contra a Corrupção, você pode assinar a petição online (que será lançada em breve) que pede o apoio dos parlamentares para aprovação do Projeto de Lei 4850/2016, que reúne todas as proposições.
Com a proposição PL 4850, que reúne todas as propostas do MPF, o objetivo agora é a aprovação das medidas. A petição online é uma forma de mostrar ao Congresso Nacional que a sociedade continua mobilizada e atenta ao andamento do projeto de lei no Parlamento. Quanto mais assinaturas, melhor!
Fonte: Ministério Público Federal

Dono da UTC, Ricardo Pessoa, é condenado a 8 anos pela Lava Jato

Lucio Bernardo Junior/ Câmara dos Deputados
O acordo de delação foi assinado por Ricardo Pessoa e o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, em maio de 2015, e foi homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki no dia 23 de junho do mesmo ano.
Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC Engenharia, foi condenado a 8 anos e 2 meses de prisão em ação penal originada a partir da Operação Lava Jato. Ele foi condenado por corrupção e pertinência à organização criminosa.
A pena dele deverá ser cumprida em regime aberto diferenciado, que implica proibição de viajar ao exterior, de mudar de domicílio e de se ausentar por mais de 15 dias sem a autorização da Justiça. Ele deve apresentar relatórios semestrais sobre suas atividades.
A defesa de Ricardo Pessoa considerou a sentença justa, uma vez que absolveu por lavagem de dinheiro e levou em consideração fatos incontroversos da colaboração.
O empreiteiro é delator na Lava Jato, acordo de delação foi feito em Brasília porque Ricardo Pessoa citou pessoas com foro privilegiado. A sentença do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, é de quinta-feira (23).
Pessoa foi preso na 7ª etapa da operação, em novembro do 2014, junto com diversos executivos e ex-executivos de construtoras. Ele foi solto em abril de 2015 para cumprir prisão domiciliar.
O doleiro Alberto Youssef,  o empresário Márcio Andrade Bonilho e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa também eram réus nesta mesma ação penal.
Para Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, Moro extinguiu o processo, sem julgamento de mérito, por ambos têm condenação pelos mesmos crimes em outra ação penal.
Márcio Andrade Bonilho foi absolvido do crime de corrupção, de acordo com o juiz, por ausência de prova. Ele era o sócio responsável pela administração da importadora Sanko-Sider.
Segundo as investigações, Ricardo Pessoa era o chefe do clube VIP das construtoras que formaram um cartel para assumir contratos bilionários da Petrobras.
As empresas ajustavam previamente qual delas iria vencer as licitações, manipulando os preços. Com o superfaturamento, pagavam propinas. Havia uma espécie de regulamento, como em um campeonato de futebol, para que as obras na Petrobras fossem divididas de acordo com o interesse de cada empresa.
Fonte: Veja

Reino Unido decide sair da UE e primeiro-ministro renuncia

Robert Thom /The Prime Minister’s OfficeCom 52% dos votos a favor e 48% contra, o Reino Unido decidiu deixar a União Europeia (UE) depois de 43 anos. O resultado do referendo realizado nessa quinta-feira (23) foi divulgado nas primeiras horas da manhã desta sexta (24).
Em declaração ao país, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou a sua demissão. Ele deve deixar o cargo em outubro.
Cameron sempre se posicionou favoravelmente à permanência do Reino Unido na UE e, durante os meses que antecederam o referendo, afirmou que o Brexit – união das palavras Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída, em inglês) – poderia trazer graves consequências econômicas para o país.
“O povo britânico votou para deixar a União Europeia, e sua vontade deve ser respeitada. A vontade do povo britânico é uma instrução que deve ser entregue. Será necessária uma liderança forte e empenhada”, disse David Cameron, ressaltando que outra pessoa deve liderar o processo de transição.
A taxa de participação no referendo foi de 71,8%, a maior em votações no Reino Unido desde 1992.
Nigel Farage, líder do partido Ukip e defensor do Brexit, afirmou ser o “dia da independência” do Reino Unido.
A Inglaterra e País de Gales votaram fortemente a favor da saída, enquanto cidadãos da Escócia e da Irlanda do Norte optaram pela permanência no bloco. Em Londres, 60% dos votos foram pela permanência na UE. No entanto, em todas as outras regiões da Inglaterra, a maioria votou pela saída.
O Reino Unido é o primeiro país a sair da União Europeia desde a sua criação, mas a decisão não significa que ele deixará imediatamente de ser membro da UE. Esse processo pode demorar dois anos, de acordo com o Tratado de Lisboa.
“Os tratados deixam de ser aplicáveis ao Estado em causa a partir da data de entrada em vigor do acordo de saída ou, na falta deste, dois anos após a notificação, a menos que o Conselho Europeu, com o acordo do Estado-Membro em causa, decida, por unanimidade, prorrogar esse prazo”, diz o Artigo 50 do Tratado de Lisboa.
Após o resultado do referendo, a libra caiu para o nível mais baixo em relação ao dólar desde 1985.
Em declaração hoje de manhã, Mark Carney, o governador do Banco da Inglaterra, prometeu a liquidez necessária às instituições para que a crise política que começa agora, com a saída de David Cameron, não se torne uma crise financeira.
Carney garante que há 250 bilhões de libras em fundos para assegurar o funcionamento dos mercados.
Fonte: Exame

Venezuela: oposição supera número de assinaturas exigidas para referendo

O objetivo do referendo revogatório é acabar com o mandato do presidente Nicolás Maduro
O objetivo do referendo revogatório é acabar com o mandato do presidente Nicolás Maduro
A oposição venezuelana afirmou nesta quarta-feira (22) que superou a quantidade de assinaturas requeridas pelo Poder Eleitoral para solicitar a ativação de um referendo revogatório que possa acabar com o mandato do presidente Nicolás Maduro. Os opositores validaram 236.386 assinaturas, muito mais que as 195.721 exigidas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para solicitar que se inicie o processo da convocar o referendo, segundo informou em entrevista coletiva Carlos Ocariz, porta-voz da aliança Mesa da Unidade Democrática (MUD).
“Fomos superando um por um todos os obstáculos que nos puseram, com disciplina, organização, força, paixão e, sobretudo, com o espírito democrático que nos movimentou como povo”, comentou Ocariz. Embora o CNE tenha solicitado em abril pouco menos de 200.000 assinaturas – o que equivale a 1% do censo eleitoral – para este passo, a oposição coletou 2 milhões, das quais apenas 1,3 milhão foram certificadas pelo Poder Eleitoral para passar à validação, que é a fase que está em curso.
Ocariz reiterou a denúncia que a oposição vem fazendo desde segunda-feira, quando iniciou o processo de validação, sobre a quantidade de máquinas que o CNE instalou para que as pessoas validassem sua assinatura. Segundo os opositores só foram instaladas 300 máquinas em pouco mais de 100 pontos do país, o que consideram “insuficientes” para que mais de um milhão de pessoas possam validar sua assinatura em apenas cinco dias. “Milhares de pessoas ficaram do lado de fora nas filas pelo terceiro dia consecutivo”, relatou Ocariz.
Uma vez superada esta fase, os opositores deverão voltar a colher assinaturas, desta vez o equivalente a 20% do censo eleitoral, ou seja, cerca de quatro milhões de pessoas, o que seria o penúltimo passo para o referendo. Após a nova coleta e validação de assinaturas, o último passo é a aprovação do referendo pela do CNE.
Fonte: Veja

Segio Lima Artesanato

 
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